O ponto de partida para a inovação curricular é a consideração daquilo que compreende a estrutura de um currículo e o seu papel no desenho dos percursos de aprendizagem dos alunos. Ademais, é necessário que sejam conhecidos os princípios que norteiam uma determinada concepção curricular, no sentido que o currículo oriundo desta concepção, ao ser colocado em prática, possa conduzir o processo formativo dos alunos aos patamares de qualidade pretendidos.
Os elementos que fundamentam o desenho curricular por competências são a sistematicidade e a integração.
A palavra sistematicidade apresenta alguns significados na língua portuguesa, dentre os quais destacamos: característica do que segue um sistema; qualidade do que é metódico; particularidade do que é ordenado; propriedade do que segue um procedimento para executar uma tarefa; qualidade de sistemático.
Podemos, ainda, encontrar relação, vinculação e interação entre os elementos de um sistema (sistematicidade físico-química); organicidade (sistematicidade de trabalho).
Na nossa abordagem de construção curricular a sistematicidade pode ser perfeitamente caracterizada pelas definições anteriores: trata-se de uma metodologia que parte de um sistema maior, o perfil de competências a ser desenvolvido pelos alunos, do qual derivam subsistemas que, de forma vinculada, interativa e ordenada, indicarão caminhos para o desenvolvimento das etapas de formação do aluno, de modo concatenado e fiel a esse objetivo principal de formação, o perfil de competências desenhado. Portanto, a concepção da organização curricular por nós assumida é estruturada de acordo com uma abordagem sistemática, refletida na construção sequenciada, articulada e lógica do currículo.